quinta-feira, 29 de maio de 2008

Cremalheira: uma "engrenagem reta"

Cremalheira ou guia dentada é o nome de uma prancha dentada utilizada em equipamentos industriais, portões automáticos de residências e, claro, em robôs.

Uma cremalheira é muito útil, junto a engrenagens, para transformar movimentos. As duas tranformações possíveis são:
  • movimento rotacional em linear, quando a potência é transmitida pela engrenagem à cremalheira.
  • movimento linear em rotacional, quando a potência é transmitida pela cremalheira à engrenagem.


Desafio: no quê uma cremalheira se assemelha a uma esteira?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Torneira: solução para a programação (5ª série)


Muitas vezes, em sanitários de shoppings, lojas ou mesmo de restaurantes, nos deparamos com torneiras automatizadas, que são acionadas pelo ato de colocar as mãos embaixo da torneira.


A grande vantagem dessa automação é reduzir o desperdício de água, um recurso natural cada vez menos abundante, contribuindo para a conservação do planeta.


A montagem torneira apresenta uma alternativa para obter esse resultado: enquanto a mão estiver abaixo do sensor de luz, a torneira estará ativada, liberando a passagem de "água" (simulada por blocos 1x2).


Abaixo está uma proposta de solução para a programação desta montagem (clique na imagem para ampliar):


Desafio: de que outra forma poderia ser programada a torneira, para obter resultados semelhantes?


terça-feira, 27 de maio de 2008

Olimpíada Brasileira de Robótica

A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e a Sociedade Brasileira de Automática (SBA) anunciam a realização da II Olimpíada Brasileira de Robótica 2008 (OBR2008), um evento realizado nos moldes de outras olimpíadas científicas brasileiras, como a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).

Os grandes objetivos da OBR são despertar e estimular o interesse pela Robótica, áreas afins e a Ciência em geral e promover a difusão de conhecimentos básicos sobre Robótica de forma lúdica e cooperativa.
Dentro desta perspectiva, o Instituto Helena Lubienska participará da OBR 2008, nas três modalidades que a compõem: teórica, prática e duatlon.

Abaixo segue uma questão da prova de nível 2 do ano passado. Você consegue responder?

Um robô utiliza sensores para retirar informações do ambiente que o circunda. Os sensores têm o mesmo papel dos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) para os seres humanos. Existem diversos tipos de sensores, entre eles estão os sensores de proximidade, que detectam a presença de um objeto nas proximidades. Quais das afirmativas abaixo são falsas:

(a) Os sensores de proximidade podem detectar a proximidade de uma parede
evitando uma colisão.
(b) Os sensores de proximidade podem indicar a presença de uma peça que o robô
deve pegar.
(c) Os sensores de proximidade podem apontar para o robô a direção onde o caminho
está livre de obstáculos.
(d) Os sensores de proximidade podem indicar para o robô se a porta à sua frente está
aberta ou fechada.
(e) Os sensores de proximidade podem deslocar um objeto da direita para esquerda.


Para quem quiser saber mais informações e acessar as provas de 2007 completas: http://obr.ic.unicamp.br/

domingo, 25 de maio de 2008

Saia do labirinto!

Um dos grandes desafios (e aplicações) dos robôs é a locomoção autônoma ou teleguiada em espaços reduzidos ou em ambientes de risco, como um túnel desabado.

Raciocínio semelhante deve ser utilizado para fazer com que o robô saia de um simples labirinto, como o que está desenhado abaixo.

O desafio é propor elementos de um robô e idéias de programação que o façam atravessar esse labirinto.

Mais um robô chega hoje a Marte

Marte não pode ser mais considerado um planeta desabitado! Hoje (25/05) o planeta vermelho dá boas vindas a seu mais novo morador: o rover Phoenix, mais um robô enviado pela NASA para explorar a superfície marciana. Para nós, um significado especial: a missão Phoenix é chefiada por um brasileiro: Ramon de Paula. Phoenix é o quarto robô a entrar em operação em Marte nos últimos anos.

Bom pouso, Phoenix!

Phoenix

Seus antecessores imediatos foram os robôs-gêmeos Opportunity, que chegou ao solo marciano em 24/01/2004 e Spirit, que aterrissou em 03/01/2004. Esses robôs ainda são ativos atualmente, superando todas as expectativas e demonstrando como a robótica apresenta uma ampla utilização em missões de exploração espacial.

Spirit

Opportunity


Antes dessas missões, porém, certamente o dia de maior expectativa para os amantes da astronomia foi o 04 de julho de 1997, quando posuou em Marte o primeiro robô enviado pela NASA: o Mars Pathfinder, que causou sensação ao enviar fotos da superfície marciana tiradas pelo seu módulo explorador: o jipe "marciano" Sojourner.

Para nós brasileiros, a Pathfinder reservou uma surpresa: foi despertada numa sexta-feira, com a música "Coisinha bonitinha do pai", interpretada por Beth Carvalho, um dos primeiros lugares nas paradas musicais marcianas. Explicação: a brasileira Jackeline Lyra, que trabalhava no controle de temperatura do robô, inseriu a música no comando de inicialização do robô. Deu samba em Marte!

Abaixo, algumas imagens relativas ao Mars Pathfinder.




Desafio: quanto tempo as fotos transmitidas pelos robôs em Marte demoram para chegar à Terra? (Considere que as imagens são enviadas por sinais viajando à velocidade da luz e que a distância média do planeta Marte ao nosso é de 80 milhões de quilômetros).

O diferencial

Muitos já se perguntaram qual a função de uma engrenagem de formato pouco convencional. Alguns mais curiosos descobriram que seu nome é diferencial.

O diferencial é uma ferramenta muito útil na mobilidade de robôs (e de carros também). Sem sua utilização, certamente se exigiria das rodas e eixos um esforço muito maior ao executar curvas.

Então, a principal função do diferencial é facilitar a realização de curvas de um sistema móvel, por permitir que os eixos tracionados (aqueles que recebem potência do(s) motor(es)) girem em velocidades diferentes.

Essa movimentação especial é obtida acoplando-se os eixos tracionados através do conjunto seguinte (são utilizadas três engrenagens de oito dentes com ângulos de 45°):

As rodas que não são tracionadas agem como pivôs livres, não necessitando de diferenciais, pois podem se deslocar com velocidades distintas sem necessidade dessa ferramenta.

Entretanto, as rodas tracionadas por um ou dois motores recebem uma potência que as força a girar ou parar (quando o motor é desligado). Como numa curva as rodas percorrem distâncias diferentes (ver figuras abaixo), uma das rodas sofrerá arraste ou deslizamento, se o diferencial não for utilizado.

Com a utilização do diferencial, as rodas tracionadas poderão então se movimentar de forma independete da outra, facilitando as manobras de conversão.



Pergunta desafio: que outras funções pode executar um diferencial, além de facilitar a execução de curvas?

sábado, 24 de maio de 2008

Line tracker - o seguidor de linhas

Um dos desafios com o sensor de luz era seguir a trajetória traçada com uma linha de cor preta, formando um circuito. Esse programa é muito útil para fazer o robô seguir uma trajetória de grande constraste em uma prova.

Uma das programações possíveis para solucionar o desafio (considerando que motor A reverso e motor C direto o robô anda para frente) está expressa no programa abaixo.


Desafio: você é capaz de propor outra alternativa para executar essa função?

Os desafios do campeonato interno - 2008

O campeonato interno será disputado no dia 04 de setembro.

Para o campeonato, será utilizado o tapete da FLL "Desafio energético". Abaixo, uma breve descrição das missões que as equipes deverão executar, em um tempo total de até 3,5 minutos. Clique na imagem para ampliar.



Danos ao tapete ou às peças dispostas no tapete que não fazem parte das missões resultarão em penalidades.

As pontuações das missões serão divulgadas no próximo treinamento.

1º Treinamento para o campeonato interno - 24/05/08

As seguintes equipes participaram do treinamento:
  • Joana Bastos - João Victor - Thiago Poggi - Lorena Abreu
  • Pedro Queiroz - Luís Henrique - Sofia Marino - Thaís Domingues
  • André Ricardo - Pedro Meira - Henrique Melo - Renê Lucena
  • Guilherme Jacobs - Lucas Henrique - Rayana Piñon - Marina Albuquerque
  • Gabriela Barros - Carlos Eduardo - Diego Angeiras - Lucas Vinícius
  • Fadiane Coligny - Amanda Campos - Carolina Albuquerque
O segundo treinamento ocorrerá no próximo sábado, dia 31/05, pontualmente as 08:00.













Para as equipes que participaram: que desafios foram mais fáceis? E quais foram os mais difíceis?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Vídeo sobre criações robóticas

O vídeo abaixo apresenta várias criações envolvendo Lego e Robótica. Mostra um pouco de como o RCX pode ser utilizado de formas distintas e de como é possível colocar algumas idéias em prática.

Abertas as inscrições para a OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ROBÓTICA


A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e a Sociedade Brasileira de Automática (SBA) anunciam a realização da II Olimpíada Brasileira de Robótica 2008 (OBR2008), um evento realizado nos moldes de outras olimpíadas científicas brasileiras, como a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), a Olimpíada Brasileira de Física (OBF), a Olimpíada Brasileira de Química (OBQ), a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI).

Os grandes objetivos da OBR são despertar e estimular o interesse pela Robótica, áreas afins e a Ciência em geral e promover a difusão de conhecimentos básicos sobre Robótica de forma lúdica e cooperativa. São também objetivos da OBR: promover a introdução da robótica nas escolas de ensino médio e fundamental; proporcionar novos desafios aos estudantes; aproximar a universidade dos ensinos médio e fundamental; identificar os grandes talentos e vocações em Robótica de forma a melhor instruí-los e estimulá-los a seguir carreiras científico-tecnológicas. A OBR procura ainda colaborar no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos professores e colaborar com a melhoria do ensino em geral.

A OBR 2008 é organizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e conta com o apoio da Comissão Organizadora da OBA e da Comissão Organizadora da OBI.

A OBR 2008 será composta de 3 modalidades Olímpicas:
  • Modalidade Teórica, composta de provas teóricas realizadas em uma única fase em todas as escolas participantes, sob a responsabilidade de um professor da própria escola. Qualquer escola e qualquer estudante do ensino fundamental do país pode participar da OBR 2008 na Modalidade Teórica. A Modalidade Teórica é dividida em três níveis:
    • Nível 1, que é voltado aos alunos do primeiro ao terceiro anos do primeiro ciclo do atual ensino fundamental de 9 anos aprovado pelas diretrizes do MEC (Alfabetização, 1a e 2a séries, caso a escola ainda esteja no sistema antigo);
    • Nível 2, que é voltado aos alunos do quarto ao sexto anos do atual ensino fundamental de 9 anos aprovado pelas diretrizes do MEC (3a à 5a séries, caso a escola ainda esteja no sistema antigo);
    • Nível 3, que é voltado aos alunos do sétimo ao nono anos do atual ensino fundamental de 9 anos aprovado pelas diretrizes do MEC (6a à 8a séries, caso a escola ainda esteja no sistema antigo).

  • Modalidade prática, composta de desafios de sumô de robôs disputados em duas fases. A primeira fase deve ser realizada em escolas Sede que serão escolhidas entre as escolas participantes da OBR 2008, que se candidatarem a realizar esta modalidade, e as finais junto com as Competições Latino Americana e Brasileira de Robótica em Salvador-BA. Qualquer grupo, com até quatro estudantes, orientados por um professor de sua escola pode participar desta modalidade. As categorias da Modalidade Prática são duas:
    • Nível 1, que é voltada aos alunos do atual ensino fundamental de 9 anos aprovado pelas diretrizes do MEC ou equivalente; e
    • Nível 2, que é voltada aos alunos do ensino médio (ou equivalente), incluindo alunos matriculados em cursinho pre-vestibular (em Instituição de Ensino) que não estejam cursando ou tenham sido aceitos em qualquer curso de terceiro grau; ainda, a idade limite para participar nesta modalidade é de 19 anos completos em 2008.

  • Modalidade duatlon, composta de duas fases, sendo a primeira constituída de uma prova teórica e a segunda de uma final prática. A prova teórica do duatlon é similar a prova da modalidade teórica e será aplicada na mesma data da prova da modalidade teórica em todas as escolas participantes, mas apenas para alunos do ensino médio, incluindo alunos matriculados em cursinho pre-vestibular (em Instituição de Ensino) que não estejam cursando ou tenham sido aceitos em qualquer curso de terceiro grau; ainda, a idade limite para participar nesta modalidade é de 19 anos completos em 2008. A final prática ocorrerá também junto com as Competições Latino Americana e Brasileira de Robótica e consistirá de um mini-curso de robótica básica, seguido de desafios práticos, onde os estudantes terão que construir e programar robôs com kits fornecidos pela Organização para executar tarefas simples.

Para participar das modalidades teórica e duatlon não é necessário nenhum conhecimento prévio ou contato com a robótica e a escola ou o aluno não precisam ter nenhum material de robótica (kits e outros) para realizar as provas dessas duas modalidades, ou seja, realmente qualquer escola e qualquer estudante do país, mesmo que nunca tenham ouvido falar em robótica podem participar da OBR nessas modalidades. Será inclusive uma grande oportunidade para alunos e professores conhecerem um pouco mais sobre essa área que é considerada uma das grandes áreas do futuro e que já se faz presente nos dias de hoje em vários países. As provas teóricas têm o objetivo principal de passar informações sobre robótica e despertar o interesse dos alunos e não de cobrar conhecimentos profundos sobre robótica.

Ou seja, serão cobrados mais o raciocínio lógico, a interpretação de texto, a Matemática e a Física, entre outras, do que conhecimentos de robótica propriamente ditos. Algumas questões serão introduzidas sobre o tema robótica, incluindo atualidades e curiosidades sobre o assunto, visando classificar os alunos. Consideramos que as provas teóricas da OBR são uma excelente oportunidade para testar seus conhecimentos sobre disciplinas consideradas como técnico-científicas, tais como Matemática, Física e Ciências.

Para participar da modalidade prática, a escola (ou o grupo de alunos) deve necessariamente ter material de robótica (qualquer kit educacional é aceito) para que os times possam construir os robôs para participar do Sumô. Esta é, inclusive, uma excelente oportunidade para que algumas escolas implantem a Robótica como atividade extra, realizando um torneio interno para escolher os representantes da escola na OBR 2008 na modalidade prática. Alunos que já possuam kits educacionais (vide regras) podem solicitar à coordenação de sua escola a sua participação na OBR.

As provas da modalidade teórica e da primeira fase do duatlon serão aplicadas em todo o país, nos horários que forem mais convenientes para as escolas, podendo inclusive ser aplicadas em dois períodos diferentes para estudantes de períodos diferentes. A primeira fase da modalidade prática será realizada nas Escolas Sede em todo o país no horário que for mais conveniente para as Escolas Sede. Os melhores colocados na primeira fase da modalidade duatlon e da modalidade prática serão convidados a participar da grande final da OBR 2008 que será realizada junto com as Competições Latino Americana e Brasileira de Robótica no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador, BA, Brasil, de 25 a 30 de outubro de 2008. Visite http://jri2008.dca.ufrn.br/ para mais informação sobre este Mega Evento.

Os participantes receberão certificados e os melhores colocados de cada modalidade, em cada escola e das finais, receberão ainda medalhas de ouro, prata e bronze.


Os melhores colocados das modalidades prática e duatlon, a nível nacional, deverão ser convocados para fazer parte da Seleção Brasileira de Robótica que representará o Brasil no Mundial de 2009 da RoboCup a ser realizado em Graz, Austria. Ainda, estamos fazendo esforços para que o melhor colocado na modalidade Duatlon e pelo menos um representante do time melhor colocado na modalidade prática recebam como premiação uma passagem para poder assistir à Robocup em Graz, Austria, ou evento similar.




Site da Olimpíada Brasileira de Robótica: http://obr.ic.unicamp.br/



Download de provas e gabaritos (2007):

Tora no maki - um manual japonês de montagens Lego

Imagine um manual iconográfico (ou seja, fotos e gráficos) demonstrando como fazer esta ou aquela montagem necessária para um robô. Então pensou no "Tora no maki", um livro japonês contendo mais de 300 exemplos de conexões úteis entre as peças Lego, incluindo Mindstorms.

O download desse livro em PDF pode ser efetuado diretamente do site do autor, gratuitamente. São 80 mB de informações muito bacanas para quem se aventura no mundo da montagem.

Basta clicar na figura abaixo para entrar na página de download do "Tora no maki":



O desafio agora vai na área da tradução: o que significa "Tora no maki"?

Animações da Lego sobre montagens

A Lego mantém um site específico para o projeto Mindstorms, utilizado na Robótica.

Uma parte muito legal desse site é a seção Constructopedia, que possui uma seqüência de animações com dicas de montagens, especialmente engrenagens e polias. Alguns dos itens trabalhados são direção e velocidade do movimento.

Para quem quiser acessar (o site é em inglês, mas clicando nos links, abrem-se as animações, que são bastante intuitivas):

Lego Constructopedia

O desafio é: como fazer duas polias conectadas girarem em sentidos inversos?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os robôs, os computadores e o medo - Isaac Asimov

Essa é uma fração do prefácio do livro "Histórias de robôs", editado por Isaac Asimov, um dos maiores autores de ficção científica da história.

A primeira história que escrevi sobre robôs [...] foi "Robbie". E já contém, como parte integrante do enredo, o medo irracional que o homem tem dos autômatos. De vez em quando, em meus contos, continuei me referindo a esse tipo de medo como um "complexo de Frankestein", mantendo-o assim como elemento constante (geralmente, mas nem sempre, em plano secundário) de quase todas as minhas incursões no gênero.

Qual a razão desse medo? A pergunta que se impõe, pois, em primeiro lugar, os robôs desempenham papel inevitável no progresso tecnológico. A resistência cega, irrefletida, a qualquer espécie de mudança, pode causar grandes prejuízos ao mundo em geral [...]. Em segundo lugar, o receio provocado pelos robôs constitui apenas um dos aspectos específicos diante do progresso tecnológico propriamente dito - algo que se poderia qualificar de "tecnofobia".

Essa tecnofobia provavelmente sempre existiu, uma vez que não há sentimento mais natural do que desconfiar de tudo o que é novo e apegar-se ao que foi "testado e aprovado", ou seja, àquilo que já nos acostumamos. A experiência histórica, porém, demonstra que a aceitação da novidade é tão lenta e paulatina que a tecnofobia limita-se a ser uma espécie de extravagância que atrasa ainda mais o progresso, aumentando a lentidão do que já é lento por natureza.

Quando os algarismos arábicos começaram a ser usados na Europa em 1202, por iniciativa de Leonardo Fibonacci, eram manifestamente mais práticos, em todos os sentidos, que os romanos. No entanto, os eruditos e os comerciantes opuseram resistência tão grande à inovação, que levou séculos para que fosse aceita sem reservas.

[...]

Por que essa atitude refratária a mudanças?

Simplesmente pelo medo que se tem do processo de reeducação! As pessoas adultas gastam infinidades de horas para se habituar com polegadas e milhas, com os vinte e oito dias de fevereiro, com letras que não se pronunciam, em night e debt por exemplo, com exercícios de datilografia e sabe Deus mais o quê. Introduzir algo completamente inédito implica recomeçar tudo de novo, voltar à estaca zero da ignorância e correr o velho risco, tão conhecido, de possíveis fracassos.

[...]

Para quem gosta de ficção cientiífica, aí vai a referência completa:

Histórias de robôs; vl. 1, 2 e 3
Editado por Isaac Asimov
Editora: L&PM
Ano: 2007.

Agora, um desafio muito fácil. Asimov ficou muito conhecido pelas suas três leis da robótica. Que leis são essas? Posteriormente, criou-se a Lei Zero, que pode gerar conflitos com as demais leis. Por quê?

O sensor de luz

No kit Mindstorms há vários tipos de sensores. Um sensor especialmente útil na movimentação de um robô é o chamado sensor de luz.

O sensor de luz da Lego é, na realidade, um sensor de reflexão difusa, contendo uma lâmpada (LED) emissora e outra receptora. A vantagem imediata desse tipo de sensor é que a superfície a ser analisada não necessita ser espelhada.

O funcionamento é de fácil compreensão: o emissor projeta um feixe de luz sobre a superfície, que absorve uma parte da radiação (de acordo com a cor ou material da superfície). A outra parte é refletida de volta e captada pelo emissor. O emissor é um receptor fotoelétrico, que gera uma corrente elétrica de acordo com a freqüência da luz recebida. Medindo o valor da corrente elétrica gerado pelo recptor fotoelétrico, é possível determinar a freqüência da luz absorvida pelo emissor e, por conseqüência, a tonalidade ou cor da superfície analisada.


O inconveniente desse tipo de sensor é que a superfície analisada deve estar a poucos centímetros, porque a distâncias maiores, a luz emitida pelo LED se difunde pelo espaço.

Uma superfície é clara porque absorve apenas uma pequena parcela da luz projetada sobre o mesmo, refletindo grande parte da radiação recebida. Já uma superfície escura absorve grande parte da luz projetada, refletindo apenas uma pequena fração.

O sensor de luz da Lego retorna valores dentro da faixa que vai de 00 a 99, sendo bastante útil para fazer o robô seguir uma linha escura em uma superfície clara, por exemplo.

Um dos problemas na utilização do sensor de luz é a interferência e variação da luz ambiente. Uma sugestão interessante para reduzir essa interferência é a adaptação abaixo, utilizando pranchas e uma viga, na frente do sensor.

Agora o desafio: é possível emular um sensor de toque como se fosse um sensor de luz. Esse é um truque bastante utilizado quando se há mais de três sensores no robô (o RCX só tem três entradas), de forma que torna possível conectar um sensor de toque e um sensor de luz na mesma porta. Como fazer o RCX detectar que o sensor de toque emulando um de luz foi pressionado?


domingo, 18 de maio de 2008

O uso de condicionais

Na minha opinião, o uso de condicionais é uma das mais importantes ferramentas da programação.

A condicional SE efetua um teste de verificação, comparando o valor de uma entrada com um valor padrão previamente estabelecido na programação (normalmente um valor constante ou armazenado em um conteiner). Quando a condição comparada é considerada VERDADEIRA, o robô executa uma série de comandos. Se a condição é considerada FALSA, é executada outra saída.

Consideremos um exemplo: um robô anda para a frente SE o sensor de toque não estiver pressionado. SE o sensor de toque for pression
ado (quando o robô bater em um obstáculo), o robô andará para trás por 2 segundos.


O condicional SE no Robolab é tratado de acordo com o sensor ou conteiner utilizado. No exemplo anterior, utilizou o condicional de sensor de toque, destacado abaixo:


Outros comandos condicionais no Robolab:


Apesar de parecerem comandos diferentes, são exatamente os mesmos condicionais SE, só que especificando que tipo de sensor ou conteiner será analisado.

Após o condicional, as duas saídas devem ser u
nificadas através de uma junção.

Que valores de luz acendem a lâmpada no programa abaixo? (clique para ampliar)

Comunidade no Orkut

Foi criada uma comunidade no Orkut para reunir aqueles e aquelas que fazem parte das aulas de Educação Tecnológica do Lubienska, para quem gosta de robótica ou para quem simplesmente gosta de bater papo.

O criador e dono da comunidade é Diego Angeiras, da 8ª B.

O link para quem quer participar é:



sábado, 17 de maio de 2008

Robolab

O Robolab é um software de programação iconizado, utilizado para programar o microcontrolador RCX (Robotic Command Explorer). Por ser uma liguagem gráfica, o Robolab é utilizado por diversas instituições de ensino.

Na opção PROGRAMADOR do Robolab temos o Inventor, que possibilita a criação de programações de forma ilimitada dentro das funções do software, apresentando todos os ícones e recursos do mesmo.
Entre os muitos recursos do ROBOLAB, encontramos o "Looping", bastante utilizado nas nossas programações. Qual é a sua função?

Uso de engrenagens

As engrenagens são máquinas simples voltadas para a redução ou para o aumento da velocidade angular da rotação, de um determinado dispositivo, ou alterar sua direção. A justificativa mais comum para a utilização das engrenagens é que nem sempre um dispositivo (uma máquina, por exemplo) tem sua velocidade adequada para funcionamento igual àquele do dispositivo que o colocou em movimento (um motor, por exemplo).

Digamos que um motor, impulsionado por um conjunto de pistões, coloque um virabrequim ou um eixo de manivelas para funcionar com uma velocidade de rotação de 1000 rpm (rotações por minuto), mas a máquina que ele pretende acionar só funciona bem se acionada a 250 rpm. O que devemos fazer?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Contando peças e organizando maletas

A manhã de hoje foi dedicada à contagem de peças e reorganização de maletas. Cada maleta é constituída por 830 peças, dos mais variados tipos e tamanhos.


Abaixo está a relação das peças que compõem o kit 9793 Mindstorms School (clique na imagem para ampliar):


FLL - edições desde 1999

A FLL - First Lego League ocorre desde 1999 (em 1998 foi realizado um campeonato piloto). A cada ano, um novo desafio é eleito e um novo tapete construído. Abaixo está a relação de todos os desafios:



2008 - Climate Connections





2007 - Power Puzzle








2006 - NanoQuest







2005 - Ocean Odyssey





2004 - No Limits







2003 - Mission Mars





2002 - CitySights!




2001 - Artic Impact







2000 - Volcanic Panic





1999 - First Contact




Desafio: a primeira edição da FLL, First Contact, em 1999, teve a participação de quantos competidores (aproximadamente)?