domingo, 24 de julho de 2011

05/07/2011 - Oração de madrugada e primeira incursão a Istambul

Nosso primeiro dia completo em Istambul começou com o convite à oração feita pelo muezim (o servidor da mesquita) no altofalante do minarete de uma mesquita que ficava atrás do hotel, ainda de madrugada. Esse convite se repete cinco vezes ao dia, em horários calculados a partir da hora do nascer e do pôr do sol.


 



A mesquita próxima ao hotel e seu interior

Realizamos o desjejum no hotel, atentando para que se evitasse comidas exóticas às quais não estávamos acostumados.

Em seguida, começou-se o trabalho de montagem dos robôs - é, eles tiveram que ser desmontados para o transporte desde o Brasil - e percebemos que necessitávamos de pilhas e baterias 9 V para o funcionamento dos multiplexers que utilizaríamos nos robôs do Soccer.

Para nossa surpresa, descobrimos que não é fácil encontrar esse tipo de material em Istambul. A maioria dos eletrônicos utilizados por lá é abastecida com bateria. Primeira missão: encontrar um local na cidade capaz de fornecer esse tipo de material.

Enquanto os meninos permaneceram no hotel, realizei minha primeira incursão em Istambul. Descobri com certa facilidade uma estação de trem no bairro (leva o mesmo nome) e, com auxílio do mapa em minhas mãos, resolvi testar a sorte a partir da estação final do trem, intitulada Aksaray (http://en.wikipedia.org/wiki/Aksaray,_Istanbul).

As rotas de transporte público em Istambul (clique na imagem para ampliar)

Para entrar no trem, é necessário retirar o jeton, uma espécie de moeda vermelha de plástico, que nos dá acesso ao sistema viário. Um jeton custa 1,75 TL (Lira turca) - pouco menos de R$ 2,00. O intervalo entre os trens é curto e o transporte demonstrou-se bastante eficiente. Em pouco tempo, eu deixava a estação final e tomava as ruas do lugar.

Minha ideia inicial era a de buscar o metrô numa estação próxima e desembarcar em um ponto turístico, onde seriam maiores as chances de encontrar pilhas e baterias. Entretanto, ao ver uma loja de telefones celulares (sempre patrocinadas pela TurkCell), resolvi arriscar e comprar um chip turco, a fim de facilitar nossa comunicação. A loja não vendia pilhas nem baterias de 9 V, mas a simpática vendedora que me atendeu e que me vendeu meu chip turco - com a dificuldade peculiar de que ambos não falávamos inglês - me levou até uma loja nas vizinhanças cujo título me remetia a uma loja de cosméticos e que, para minha satisfação, vendia toda sorte de bugigangas, incluindo pilhas e baterias de 9 V.

Missão cumprida, entrei pela primeira vez em uma mesquita, a de Murat Paşa (http://en.wikipedia.org/wiki/Murat_Pa%C5%9Fa_Mosque), após solicitar orientação ao vigilante do local para evitar ferir os costumes religiosos islâmicos. No fundo do salão de orações existem estantes onde os sapatos daqueles que entram no recinto podem ser guardados.







A mesquita citada foi erguida em 1473 e, como toda mesquita que visitei posteriormente, é sua cúpula que chama imediatamente a atenção, muito mais do que a exigência de se adentrar descalço ao local sagrado para os crentes.

Após a visita à mesquita, regressei à estação de trem e ao bairro do Merter, onde localiza-se o hotel.

Ainda saimos para jantar em uma unidade próxima da McDonalds, uma espécie de oásis dentro de uma cultura que nos era ainda estranha.






Aksaray e a mesquita de Murat Paşa


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