quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Planta carnívora robótica captura insetos como combustível

Energia da vida
A ideia de usar a "maquinaria" dos insetos para criar robôs autônomos está dando alguns frutos, embora o resultado possa não ser agradável aos olhos.
Em outra linha de ação, engenheiros querem usar os insetos como alimentos para os robôs, colocando-os para serem digeridos em biocélulas, que usam o material biológico para gerar energia.
Nesta linha, duas equipes, trabalhando independentemente, deram praticamente o mesmo passo à frente.
Como não estava sendo fácil convencer os insetos a entrarem no robô, os pesquisadores criaram um mecanismo para que o robô capture os insetos contra a vontade deles.
Planta carnívora robótica
A inspiração também veio da natureza, mas do reino vegetal.
Mais especificamente, da planta carnívora dioneia (Dionaea muscipula), que possui duas "conchas" que se fecham quando os insetos penetram em seu interior.
Seung-Won Kim e seus colegas da Universidade Nacional de Seul, na Coreia, construíram as conchas de fibra de carbono, para mantê-las leves e fortes.
Planta carnívora robótica captura insetos como combustível
Embora ainda não tenham a incrível agilidade da dioneia vegetal, as plantas carnívoras robóticas demonstram um princípio interessante para robôs destinados a monitorar o meio ambiente. [Imagem: Mohsen Shahinpoor]
As duas conchas são interconectadas por uma mola feita de uma liga metálica com memória de forma - uma espécie de músculo artificial.
A memória de forma faz com que esse material alterne entre dois formatos estáveis quando sujeito a uma força, ao calor ou a uma corrente elétrica.
Neste caso, a mola faz com que as duas conchas se fechem sob a ação do peso do inseto.
Sensor de inseto
Mohsen Shahinpoor, da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, usou uma abordagem ligeiramente diferente para imitar a dioneia.
Ele usou músculos artificiais feitos de polímeros, recobertos com eletrodos de ouro. A direção da corrente elétrica que percorre o músculo artificial determina se ele se dobra em um sentido ou em outro.
O oposto também é verdadeiro, e o músculo artificial gera uma pequena tensão quando é dobrado, o que os pesquisadores usaram para criar um sensor, capaz de detectar a presença do inseto.
Essa pequena tensão controla uma fonte de energia mais potente, que aplica cargas opostas às folhas da dioneia artificial, fazendo-a se fechar.
Em qualquer dos dois casos, capturado o inseto, é só usá-lo como fonte de energia para alimentar o robô.

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