quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Enxames de robôs têm avanço com tecnologia de telefone celular

Minúsculos robôs, capazes de operar de forma coordenada, são vistos como a melhor solução para um grande número de atividades, que vão do monitoramento do meio ambiente e a execução de tarefas muito complexas para um robô único, até o resgate de vítimas de desastres naturais.

O desenvolvimento desses enxames de microrrobôs, contudo, vinha esbarrando em um problema sério: a fabricação dos protótipos para testes e desenvolvimento era cara e demorada demais, devendo ser feita de forma praticamente artesanal, devido à falta de uma plataforma que pudesse ser produzida em escala industrial.


Motores de telefones celulares

Agora, um grupo de estudantes da Universidade de Southampton, na Inglaterra, criou uma plataforma para microrrobôs com base nos motores utilizados nos telefones celulares. Nesses aparelhos, minúsculos motores giram um excêntrico para promover uma vibração e chamar a atenção do usuário para uma chamada.

Para testar a nova plataforma, os estudantes construíram um enxame de 25 robôs, cada um com autonomia de mais de duas horas, e com capacidade de processamento suficiente para rodar programas complexos de interação. Cada robô custou cerca de US$40,00.

A equipe de estudantes é formada por Alexis Johnson, Stephen English, Jeffrey Gough, Robert Spanton e Joanna Sun.


Fabricação em escala industrial

A grande vantagem da utilização dos motores usados nos telefones celulares é que eles foram projetados para serem fixados nas placas de circuitos impressos por meio de processos produtivos automatizados, o elimina a necessidade da montagem manual dos robôs e reduz o seu custo.

Uma vez feito o projeto do hardware do robô, esse hardware pode ser encomendado às empresas que constroem circuitos eletrônicos tradicionais.


Comportamento emergente

Os enxames de robôs também são utilizados nas pesquisas de redes neurais e de inteligência artificial, sobretudo do chamado comportamento emergente. Eles permitem o estudo do comportamento em equipe por meio da simulação física, o que inclui fatores reais difíceis de serem programados nos simuladores.

No futuro, os pesquisadores esperam poder utilizar microrrobôs atuando cooperativamente em tarefas como resgate de vítimas de terremotos e outros desastres naturais, monitoramento do meio ambiente, em telescópios espaciais e na exploração de outros planetas.

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