A postagem seguinte foi escrita pelo Attico Chassot, um dos educadores mais atuantes e reconhecido em nosso país na área de Educação em Ciências, tendo sido publicado originalmente em seu blog (www.mestrechassot.blogspot.com)
Gosto de surpreender meus alunos com a pergunta: Tu já foste servido por teus Robôs hoje? Muitos me olham constrangidos, e dizem um resmungado não.
Eles, certamente até se pensam excluídos, imaginando que não pertencem a uma classe social que tem robôs humanoides, que fazem serviços de mordomos metálicos piscantes, dotados de habilidades como arrumar a casa, lavar e passar roupa, ou, ainda, põem a mesa e colocam as crianças para dormir, típicos de filmes de ficção científica.
Digo que se esqueçam destes robôs, que os teólogos já questionam acerca de conferir-lhes o sacramento do batismo e os juristas já estudam leis para leva-los a julgamento. Um robô que desliga um respirador artificial em uma UTI levando um paciente à morte merece ser julgado e condenado? Qual a pena que deve ser-lhe imposta? E se ele é batizado e morre sem arrepender e ter feito uma confissão vai para o inferno?
Muitas vezes quando consulto o Google (especialmente, o Google Scholar ou Acadêmico) me imagino (permito-me lembrar: imaginar é fazer imagens) como começavam nossas pesquisas, há um tempo não muito distante. Usualmente lendo dezenas de revistas, procurando nos sumários e nos resumos algo que pudesse nos ajudar na busca de referenciais teóricos e a delimitação do estado da arte sobre o objeto de nossa investigação. Claro, que tudo isto contando com a limitação de biblioteca(s) às quais podíamos ter acesso físico.
Quem faz isto hoje? Os robôs do Google. Nem imaginamos como eles são fisicamente. Mas sabemos que são de uma eficiência incomparável, superando ao melhor dos bolsistas (que era quase, um escravo do pesquisador), que em uma semana não faria um cagagésimo daquilo que os robôs do maravilhoso Google sapiens faz em frações de minutos.
Breve saberemos mais sobre os robôs do Google acerca dos quais hoje nem fantasiamos. Os primeiros traços de humanidade incorporados por máquinas já começam a aparecer, em grande escala, nas ferramentas de buscas.
A Folha de S. Paulo de 02ABR2012, em seu caderno de tecnologia informa que um engenheiro sênior do Google, disse ao "Wall Street Journal" que, nos próximos meses, o mecanismo de busca da empresa será mais parecido com "a forma como os humanos entendem o mundo". É a próxima geração das buscas, processo em curso "há vários anos", segundo ele.
Agora imagine uma garotada da Positronic, uma equipe de robótica vinculada ao Colégio Santa Emília, de Olinda, Pernambuco, produzindo, sob a liderança do Prof. Paulo Marcelo Pontes, uma banda formada por robôs, travestidos de Beatles, que cantam e tocam as musicas e casais de robôs construídos pela equipe dançam ao som do grupo de Liverpool.
Este grupo foi selecionado em concurso nacional, para representar o Brasil na Robocup Junior Dance campeonato mundial de robótica, no nível 2, na Cidade do México, México, em junho de 2012.
Este blogue, já há mais de um mês, se engajou em uma campanha para conseguir fundos para que as meninas e os meninos da Positronics possa representar o Brasil. Na coluna a direita se pode conhecer mais o grupo e também se pode ajudar com valores a partir de DEZ reais. É fácil autorizar o crédito num processo seguro que estão na coluna referida. Aliás, quem fizer a doação poderá receber um brinde e ainda experimentar uma maneira muito especial de fazer transferência de valores na Web.
Eu já estive no Santa Emília trabalhando com os professores, admiro o Professor líder do grupo e sei do trabalho da Equipe, por isso apoio a Positronics e torço para que consigam ir ao México. Esta aí uma maneira diferente de fazer Educação.
Torce tu, também, está gurizada merece!